Em conformidade com o método de ironia proposto pelo filósofo grego Sócrates para a busca da verdade, propomos as seguintes perguntas:
- Se a educação serve para melhor desfrutar a existência, ? será que assimilar ou contribuir informações desvirtuadas ou ausentes poderiam nos prejudicar em algum momento?
- Se é verdade que tudo evolui, ? será que alguma informação assimilada na infância poderia estar estagnando tal processo ou, pior, poderíamos estar fundamentados em padrões culturais castradores?
- ?Não seria mais eficaz e seguro nos fundamentarmos em verdades mais básicas a nos fundamentarmos em impressionantes e persuasivas teorias?
- Para não correr o risco de continuarmos fundamentados em verdades parciais ou incompletas, ? não seria melhor revermos todo nossos padrões de percepção, sistemas comportamentais e as influências imediatas e mediatas da cultura vigente?
- ?O que é mais urgente para mim no momento atual? ?É justa a causa de tal urgência? ?O que poderia fazer para resolver?
- ?O que faria se fosse morrer hoje ou transmigrar definitivamente para outra região?
- ?O que realmente me traz ou trará felicidade duradoura e o que poderia abalá-la? ?O que fazer para obter ou manter tal felicidade?
- ?Por que tenho determinadas preferências e metas em vez de outras? ?Quem poderia ter influenciado ou estar influenciando?
- ?Mantendo o estilo de vida atual, o que colherei a curto, médio e longo prazo? ?Será que a prática das virtudes é importante a ponto de influenciar nosso destino pessoal e o destino de toda coletividade ou mesmo do meio-ambiente?
- ?Trabalho e moro num lugar em acordo com minhas escolhas e valores? ?Se sim, o que poderia abalar a estabilidade de tal situação ou melhorá-lo? ?Se não, o que está causando tal situação de exclusão ou opressão e o que poderia fazer para me libertar definitivamente?
- ?As pessoas que convivem comigo mais me auxiliam, mais me prejudicam ou são neutras? ?Há justa reciprocidade entre meu comportamento e o delas? ?Com quem ou onde posso ampliar laços fraternos e de mútua confiança cooperativa?
- ?Sinto-me integrado, tenho as mesmas oportunidades e recebo o mesmo tratamento das pessoas do local onde moro e trabalho? ?Estou na média das capacidades e limitações de tais pessoas?
- ?Quais meu pontos fortes, meus pontos fracos e o que colabora com eles?
- ?Quais os pontos fortes e fracos da sociedade onde moro, e quais são os agravantes e atenuantes?
- ?As instituições acadêmicas, pais, tutore(a)s, amigo(a)s e autoridades civis e militares disponibilizam ou já disponibilizaram informações em acordo com minhas expectativas?
- ?Já fui privado de alguma informação que julgava ser relevante e que poderia me poupar sofrimentos pessoais ou coletivos? ?Se sim, quem foi e por que deveria ter me informado, e por que não fez?
- ?Já contribui ou como posso contribuir com o aperfeiçoamento da cultura?
- ?Será que existem pessoas e instituições de grande influência cultural que desvirtuam informações com o propósito de castrar e oprimir a população? ?Se sim, por que acreditamos nisso e como identificar tais manipuladores?
- ?Será que o ideal de reunir todo o conhecimento teórico e prático disponível ou em vias de sê-lo em um único lugar de maneira objetiva como pretendiam os filósofos antigos, tanto do oriente quanto do ocidente, é possível? ?Se sim, como fazê-lo? ?Se não, por quê é impossível?
- ?Qual a necessidade de estudar só teorias? ?É prudente aprender técnicas sem compreender suas bases teóricas criadoras? ?Como poderíamos fazer uma prova teórica ser útil? ?Como poderíamos tornar o ensino de técnicas mais rápidas e eficazes?
- ?Será que ao buscarmos algumas metas, termos recursos irrestritos ou termos alguns desejos atendidos quando ainda não temos maturidade suficiente poderíamos nos prejudicar e prejudicar inocentes?
- ?Será que, para fins de avaliação em qualquer profissão e situação, a violência, a traição oportunista e o imediatismo estariam acima das virtudes e das sutis e eficazes estratégias?