Calendário Gaia

Terapias ~ LazeR




A origem essencial da palavra "lazer" é incerta, mas podemos ter uma ideia pela semelhança com outras em vários idiomas: "laser" (em espanhol, "concentração calculada do raio de luz), "laizy" (em inglês, "preguiça"), "laissez" (em francês, "deixar, aliviar"), "lazarum" (em latim, "cristão ressuscitado"), lascívia (em português, "desejo intenso"), "lizard" (em curdo, "lagarto") etc.

O grego Aristipo de Cirene (435-356 a.C), primeiro discípulo de Sócrates, criou a Tese Filosófica do Hedonismo, em que o prazer é o supremo bem da vida (felicidade imediata). Em seguida, seu conterrâneo Epicuro de Samos (341-270 a.C.) criou a Antítese Filosófica do Epicurismo, em que só o prazer governado pela razão pode ser satisfatório (felicidade mediata). Por fim, os ingleses Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873), criaram a Síntese Filosófica do Utilitarismo, em que só há prazer verdadeiro quando há felicidade individual e coletiva. 

Tais Filosofias, ficaram conhecidas como a Dou'trina Eu'dai'mon'ista, em que o significado da vida ou motor evolutivo seria a Felicidade Existencial. Assim, considerando que a Vida é dividida em ininterruptos Ciclos Trifásicos de Labor, Lazer e Repouso, seguem algumas dicas para prevenir estresse, por expectativa ou desânimo, durante quaisquer atividades, ou, noutras palavras, "que sempre se possa unir o útil ao agradável".



Princípios Gerais

Assim como em todas as Artes, é fundamental que a Arte do Lazer seja praticada em acordo com os Ritmos e Ciclos Naturais e as disponibilidades laborais e ambientais da região em questão, a fim de obter um desfrute mais fé'rtil e prazerosamente saudável, eis alguns exemplos: 
  • A primavera é favorável para artes corporais individuais, passeios culturais noturnos em áreas de concentração populacional moderada (casas de chá, pique-niques, teatro e cinema), e viagens para montanhas interioranas. 
  • O verão é favorável para passeios madrugais em áreas de menor concentração populacional (luais, sorveterias), banhos em piscinas, e viagens para tundras e regiões frias; 
  • O outono é favorável para passeios culturais matutinos em áreas de concentração populacional moderada (parques, banquetes, cafeterias etc.), esportes coletivos e viagens para o litoral. 
  • O inverno é favorável para a contemplação de artes em casa, coquetéis, passeios culturais vespertinos em áreas de maior concentração populacional (shows, festas culinárias), e viagens para o deserto. 
  • As canículas e, principalmente épocas de estagnação cultural, são favoráveis para aprimorar outras artes (hobbies individuais ou logísticos), aproveitar oportunidades ou novas experiências culturais outrora aversivas ou desprezadas, manter o equilíbrio através das ritualísticas, planejar luas de mel ou desfrutes veraneios através de mudanças residenciais temporárias ou viagens com a colaboração de pessoas mais velhas idôneas para não destemperar os equi'nó'cios sinérgicos, praticar artes demoradas (jogos de estratégia, quebra-cabeças, montagem de réplicas etc.), cultivar a autonomia residencial e laboral para gerar novas oportunidades de direcionamento logístico da mão-de-obra qualificada ou desqualificada, iniciativas comunitário-governamentais de obras faraônico-ambientais e assistência sócio-acadêmica e terapêutico-laboral para (r)evolução cultural etc. 
  • Do mesmo modo que o alimento preferido ou veste predileta usufrid's repetidamente por longo tempo enjoa, o mesmo se aplica para o Lazer, sendo indispensável, antes de enveredar por uma r(E)volução Cultural de Entretenimento, estabelecer Ritmos em acordo com os Ciclos e a Expectativa de Vida: para alguns povos da antiguidade, parecia instintivamente racional usufruir o ciclo cicardiano como se não houvesse amanhã para preservar o corpo; já na idade média, parecia intuitivamente racional usufruir o ciclo cicardiano com irascibilidade para preservar a alma; já na idade moderna, parecia passionalmente racional usufruir o ciclo circardiano com romance para preservar a sociedade; já na idade contemporânea, parecia lógico usufruir com razão o ciclo cicardiano para preservar o planeta; já na idade vigente, parece racionalmente natural usufruir com virtuosa logística as possibilidades dos recursos tecno-filosóficos disponíveis para cada fração de segundo da existência ter ao menos um significado satisfatório. Com efeito, é natural que crianças tendam a apreciar músicas mais rápidas, e anciãos orquestras duradouras; jovens à namoros e atos sexuais rápidos, e adultos à compromissos e atos sexuais mais aprimorados; grupos mais passionais à criar culturas mais imediatistas e grupos mais racionais à criar culturas mais planejadas; grupos espiritualistas tendem a priorizar menos a longevidade material, e grupos materialistas tendem a priorizar menos a longevidade espiritual; grupos científicos tendem a buscar soluções mais nos recursos tecnológicos e matemática, e grupos naturalistas tendem a buscar soluções mais nos recursos ambientais e virtudes etc. Disso resulta que mesmo atualmente com a globalização dos meios de comunicação, existam incompatibilidades culturais entre diferentes grupos homogêneos e heterogêneos em termos raciais e filosóficos, a ponto de gerar superstições e crimes graves por puro incompreensão mútua, visto que nem todos buscam os mesmos objetivos pessoais e coletivos, tampouco possuem meios e evolução tecno-moral para utilizados de forma perfeitamente sincronizada. 
  • E por isso já na Antiguidade e Idade Média, a Elite se preocupava com a importância comunitário-governamental das Festividades, desde Rituais da Fertilidade e Prosperidade Greco-Romanos à Migrações Palaciais Imperiais Orientais conforme as Estações, bem como a separação da população por afinidade cultural para não causar isolamentos, abandonos e conflitos por incompatibilidades (tempo de tolerância na realização das metas pessoais, juízo de valores, crenças e ideologias, investimento e expectativas com as oportunidades sócio-ambientais etc.), tradições essas praticamente perdidas e profanadas paradoxalmente pela incipiente cultura global embriagada com as inovações tecno-filosóficas, mas que agora devem ser urgentemente repensadas ante o aumento progressivo da expectativa de vida e, por consequência, o aumento proporcional da insatisfação existencial. 
  • E também por isso é atribuída ao Rei Mago Salomão (Eclesiastes 1:13-14) a seguinte frase realística: "apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar. Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.", não sendo à toa o interesse quase obsessivo da Elite em criar Grandes Obras Culturais e Maravilhas Arquitetônicas para se tornarem não só patrimônio de suas respectivas nações, dinastias e mandatos, mas patrimônio histórico de toda humanidade.  
Dessa forma, seguem algumas dicas específicas para serem utilizadas e aprimoradas, preferencialmente, conforme os princípios culturais logísticos supramencionados:



Dicas para o tempo livre no trabalho

  • Verificar pendências profissionais ou pessoais.
  • Simplificar e aprimorar eco-tecno-filosoficamente os métodos profissionais e pessoais para não desperdiçar vitalidade e dinheiro.
  • Tomar água, chá, suco, ar, sol e comer fruta para se revitalizar.
  • Dar um cochilo ou meditar, sobretudo após o almoço.
  • Interagir ou passear pelos arredores.
  • Fazer artes corporais (alongamentos, yogachi-kung etc.).
  • Ouvir música, palestra ou contemplar artes em geral.
  • Navegar na Internet (Redes sociais, Youtube, Jornais, Fóruns, Novidades e Ofertas de bens e serviços, Gameplays etc.).
  • Games.
  • Estudar.


Dicas para as férias

  • Descansar e se divertir [I], evitando qualquer esforço, quebra maior de rotina ou mesmo contato com a família e amigos, a fim de recobrar a vitalidade e recomeçar melhor o novo ciclo de trabalho.
  • Resolver grandes problemas pessoais, familiares, coletivos ou efetuar profundas mudanças: por exemplo, reforma residencial, tratamentos odontológicos ou de saúde prolongados, desenvolvimento de projetos ou resolução de pendências etc.
  • Viajar [II].




?Cidades edificadas para a Humanidade ou a Humanidade criada para as Cidades?

Considerando os recursos tecno-filosóficos disponíveis, exceto para manter uma pedagogia cultural opressiva, não há razão alguma para o setor público e privado não criarem edificações e áreas de lazer inovadoras ou de lazer extraordinário, sendo que a resposta para o falso dilema acima seria "Mútua Harmonização entre Cidades e Humanidade". Eis alguns exemplos:

  • lanchonetes submersas em lagos artificiais ou túneis costeiros.
  • piscinas ou riachos artificiais com água da chuva ou do mar generalizadas (internas e externas arquitetalmente), com limpeza e renovação natural ou comunitária (transposição de fontes naturais, represas ecológicas multifunções, dutos e transportes etc.). 
  • submarinos (à semelhança do instalado no Parque de Diversões Cidade da Criança em São Paulo/SP/Brasil), barcos à remo ou pedalinhos em lagos de parques.
  • teleféricos, túneis e pontes estratégicas (para pedestres e até veículos, com ou sem pista rolante) sobre (ou submersos) toda a cidade ou lagos. 
  • parques para lual repletos de árvores frutíferas e plantas aromático-medicinais (vigílias astronômicas e ambientais, rituais xamânicos e religiosos, contos ao redor de fogueiras, flertes, piqueniques etc.; se a iluminação elétrica dos bairros fossem planejadas em acordo com as edificações verticais e horizontais, não haveria sequer a necessidade de sair das grandes cidades para contemplar o céu).
  • bicicletas e triciclos públicos (mas com reserva marcada e responsabilidade jurídica em caso de acidentes ou avarias, sem prejuízo de monitoração e tutoria pública).
  • torres panorâmicas cobertas (para não ter risco de quedas).
  • pebolins silenciosos e quadras esportivas (des)cobertas abertas  em praças 24hs; lan houses e vídeo games protegidos (apenas revestidos com capas protetoras e hastes para amortecimento e prolongamento de botões,  os famosos arcades).
  • karaokes, danceterias, torneios de games, contemplação  de artes virtuais, cênicas e cinemas comunitários em áreas abertas ou com estruturas básicas contra chuva e sol (basta apenas 1 projetor, arquivos gratuitos de MP4, 1 telão, 1 home-teather, companhias afins e equilibrar a  iluminação  elétrica do bairro).
  • piscinas artificiais ou naturais (com água da chuva ou transposição de rios e mares) em cada edificação. 
  • cadeiras-leitos  e para massagem em praças públicas para facilitar o relaxamento e e inibir o antisocialismo.
  • campos de paintbool e labirintos.
  • áreas de esportes, coletivas ou individuais, públicas ou privadas, cercadas por ventiladores para evitar a sudorese, tornar a atividade mais prazerosamente saudável e acessível a qualquer um(a) em qualquer momento, bem como amplas salas de arejamento com o mesmo sistema em áreas estratégicas da cidade (parques, bairros, distritos etc.) ou veículos para atender e refrescar psíquico-fisicamente toda a população (é óbvio que ambientes de trabalho deveriam ter tal sistema, ou mais aperfeiçoado, dum modo ainda mais uniforme, a fim de economizar recursos humanos e tecno-naturais; 
  • logicamente, os recursos gastos com atividades insalubres e eco-obsoletas devem ser extintos e repassados para custear tal projeto em prol das novas gerações, sem prejuízo de animais domésticos e conexos, sendo fundamental revolucionar a arquitetura urbana para padrões de saúde preventiva ativa (e não passiva, pois a construção excessiva de hospitais e meios de tratamentos acabam fomentando a indústria da doença e, por consequência, escondendo as causas), através de áreas de artes corporais com banheiro público e água potável em pontos de transportes públicos, restaurantes, lanchonetes, bares noturnos, ambientes de trabalho, áreas de lazer em geral etc.; com efeito, tal r(e)volução cultural pode ser feita de forma praticamente gratuita e artesanal, bastando converter materiais de infra-estrutura obsoletos ou excedentes (tubulações, vigas, restos de materiais de carpintaria e maçonaria, troncos de árvores tombadas naturalmente, grama sintética, pisos duráveis, pneus velhos, correntes, cordas, edificações excedentes e improdutivas, fuselagem e veículos abandonados  etc.) em equipamentos de alongamento (à semelhança de bolas de pilates para alongamento da coluna vertebral), leitos e assentos relaxantes ventrais e dorsais (à semelhança de macas e cadeiras de massagem), suportes para posturas de inversão (a semelhança de forcas mas com encaixe anatômico confortável para os pés e altura ajustável), bicicletas e transportes públicos de trajetos fixos (do quarteirão e/ou bairro às áreas de lazer) gratuitos e/ou para locação à preços de manutenção, bebedouros e árvores frutíferas em pontos para pessoas e aves, aquários panorâmicos extensivos à mares e rios para suavizar as emoções decorrentes da cultura de rinha e marginalização das cidades etc. Ora, não fazer tais reformas, é consentir ou contribuir com cidades baseadas em políticas de geração de doenças e mal estar sócio-ambiental, beirando ao absurdo civilizatório praticamente não existir áreas públicas e privadas com tais melhoramentos do interesse de toda população, sem exceções. 





Parques de Diversões e Escolas Iniciáticas



Ainda que nem todo(a)s o(a)s professore(a)s, pesquisadore(a)s e responsáveis pela preservação e aperfeiçoamento das tradições culturais saibam ou valorizem, os Parques de Diversões são reflexos das Escolas Iniciáticas Sacerdotais da Antiguidade, uma vez que permitiam, duma forma imersivamente prática e com alto grau de simulação da realidade, à(o)s iniciando(a)s e oficiais aprenderem os Segredos Estatais, refletir sobre os problemas sócio-ambientais e contemplarem os Mistérios da Existência e do Universo.



Obviamente, muito da tradição foi perdida e muitos aprimoramentos desvirtuados, mas isso não impede um redirecionamento para padrões historicamente compensatórios e progressistas. 



Assim, podemos citar alguns exemplos:

  • Interação psicoativa-imersiva fundada nos 5 Elementos em todas as atividades. 
  • Termo-labirintos simbólicos. 
  • Retiros espirituais absolutos [após assinatura mútua de termo de responsabilidade, preechimento dos pressupostos místico-biográficos necessários, encaminhar, através do veículo mais eficaz, o(a)s iniciado(a)s para ilhas, planaltos, montes, geleiras, desertos etc. totalmente isolada(o)s em termos de contemplação geográfica e comunicação social, e deixá-lo(a)s por algum período pré-determinado e/ou necessário à evolução, conforme a decisão unânime do(a)s anciã(o)s iniciadore(a)s, a fim de permitir que o(a) novato(a) possa de fato ter um contato imparcial consigo e com as Forças Eco-Universais; dizem que tal Ritual era usado também estrategicamente na Antiguidade pelo(a)s anciã(a)s iniciadore(a)s, a fim de avaliar o mérito tecno-moral do(a)s cidadã(a)s e autoridade(a)s do Império, de Reinos Aliados e até do Governo Mundial Vigente e/ou Atemporal, já que era uma forma de expor traidore(a)s ao alcance das vítimas, justiceiro(a)s e até forças supra-hominais].
  • Cenários e teatros interativos e de diferentes padrões ideológico-culturais para auxiliar a (r)evoluções. 
  • Restaurantes, espaços públicos etc. arejadamente amplos e simplificados pela composição apenas de colunas, telhados anti-térmicos e largos, teto-solar e paredes com mosquiteiros resistentes e paredes de segurança móveis.
  • Museu-cinema e Lan-houses 360º para melhor conscientização dos riscos do carma pessoal e coletivo (flagelos ambientais, epidemias, poluição, crimes, miséria, guerras civis e imperialistas etc.). 
  • Reprodução cíclica de "O Dia em que a Terra Parou" para conscientização ambiental (de Raul Seixas à Orson Welles): tal projeto gradualmente mundial e facultativamente constante conforme o clã, é mais econômico e divertido que o horário de verão ou qualquer outra estação e condição sócio-ambiental, consistindo em fazer apagões totais, ressuscitar velas e outras fontes de energia medievais para fomentar setores econômicos artesanais, a fim de seguir na direção do aprimoramento e resgate de valores tecno-ambientalistas perdidos e esquecidos; é caricato perceber que, mesmo nas cidades dotadas de todo tipo de recursos de segurança, a população teme a escuridão por causa da própria espécie, e  próximo à regiões silvestres, o ser humano teme outras espécies, inclusive sendo considerado "'loucura' falar sozinho" por ouvir espíritos ancestrais nas cidades e um dom natural ouvir espíritos de cidades nas regiões silvestres, evidenciando, assim, a própria desconexão com a Sagrada Natureza e, por consequência, a lamentável herança maldita eterna da raça terrestre até todo carma individual e coletivo ser resgatado e transmutado em darma. 
  • Passeios relâmpagos em aeronaves, escafandros em tunéis aquáticos, mini-submarinos e barcos e riachos artificiais, teleféricos e balões estratosféricos, trens bala em 3 níveis panorâmicos em substituição à montanhas russas e simuladores de veículos.
  • Modelos e protótipos de fantásticas "fábricas de chocolates e brinquedos" e ambientes profissionais para auxiliar a descoberta das próprias vocações (preferenciais, pontos fortes e fracos), conscientizar sobre os benefícios do progresso tecno-ambiental e ensinar de forma motivacional métodos eficazes de reforma comunitária.
  • Espaços coletivos e privativos com alto grau de conforto e desenvolvimento, conjugados com câmaras antigravidade e criogênicas etc., em paralelo com espaços coletivos e privativos de natureza oposta (talvez até com trajetos contínuos a pontos emergenciais da cidade), para conscientizar sobre a conveniência de atitudes naturalmente cívico-virtuosas e padrões arquitetônicos saudáveis.
  • Espaço para críticas e aprimoramento lógico-virtual em tempo real para conscientizar sobre a facilidade de sintetizar e/ou equacionar diferentes pontos de vista. 




Esportes e Atividades Radicais (Pioneirismo Teen)

Estatisticamente, a experiência demonstra que o antigo ditado ainda é bastante atual: "quanto mais se tem, mais se quer", ainda mais quando a alma racional perde ou não apreendeu manter as rédeas da alma emocional e da alma física; assim, infelizmente, na busca para preencher o vazio existencial da alma racional sedenta por transcendência, mas embriagada e escrava pelos lados complementares daquilo que seria um perfeito triângulo amoroso (e até hoje não se sabe com precisão se há proporcionalidade demográfica de gêneros para manter uma sociedade fundada em monogamia ou poligamia, seja livremente fiel, seja livremente hipócrita), muitas estruturas sócio-ambientais, coisas, veículos e relacionamentos foram levianamente arquitetados (isto é, sem raízes profundas, mas flexivelmente fortes), levando a cultura mundial à padrões insustentáveis de insalubridade, caos e insatisfação.

Com efeito, é muito mais prazerosamente saudável, por exemplo, aprender (ou até apreender) as regras básicas de higiene antes de ser terapeuta, aprender a controlar a economia doméstica antes de ser economista, aprender o idioma natal antes de ser poliglota, aprender a ter coordenação motora antes de guiar veículos, aprender a dialogar com honra antes de se relacionar, aprender o que se tem antes de ser cientista, aprender a ser relacionar antes de auxiliar, aprender a organizar a própria mesa antes de representar, aprender a ser cidadã(o) da pátria e do mundo antes de ocupar uma posição civil ou militar, aprender a razão existencial antes de limitar ou prejudicar à alheia (por excesso, opressão ou deficiência) etc.; certamente, se todos agissem assim, inúmeros, senão todos, sofrimentos e cicatrizes do corpo e da alma seriam evitados, cidades seriam bem projetadas e bem abastecidas, ultrapassar todo tipo de fronteiras seria algo educativo em vez de perigoso ou invasivo, veículos não causariam acidentes (algo que deveria ser mais resistente que uma armadura do futuro, embora, para citar o básico, uma moto seja o cúmulo da piada automotiva, ao obrigar as pessoas a serem equilibristas motorizados semi-nus em relação à um trajeto potencialmente perigoso), as relações sócio-ambientais seriam agradavelmente voluntárias e satisfatórias etc.

Todavia, é óbvio que por causa de tal "descuido" anímico a população global foi dividida praticamente em 2 grupos e, por incrível que pareça, em nível sucessório e conflituoso: majoritariamente, o(a)s que obram por melhores condições, e, minoritariamente, o(a)s que obram para que outro(a)s tenham melhores condições; mas, em ambos os casos, quando as urgências, necessidades e pendências rotineiras e temporárias são resolvidas ou minimizadas, ainda assim, as 3 almas se unem para tentar desfrutar um pouco do que o presente oferece e, por isso mesmo, desfrutam sem tempero ou permanecem famintas, a ponto da alma racional soltar ainda mais as rédeas da alma emocional e da alma física e, enfim, rompê-las definitivamente. Nesse sentido, a neoantropologia acredita que os esportes e atividades radicais, antes de serem emocionantes complementos culturais para dar vazão às potencialidades existenciais, converteram-se num freio sócio-ecológico relativamente voluntário, suicida e até conspiratório, haja vista o grande número de acidentes, geralmente temperado pelo consumo de drogas, um terreno movediço, bens e veículos vulneráveis e a suspeitíssima incapacidade de harmonização com a própria espécie e as demais (sem mencionar as propostas e convites não biografados para praticar tais artes). Ora, radicais mesmo, em que pese a já selvagem competição sócio-ambiental e a falta de recursos econômicos, são as inquestionavelmente tirânicas modas de lazer em neocasas de ópio tumultuosas, disputas olímpicas de resistência ao envenenamento e ao destino {consumo de tóxicos e guloseimas, cutucar a onça e o dragão [inclusive dos outro(a)s] com vara curta ou canhão de festim, pular da ponte ou em águas turvas rasas com escolhos,  rachas de veículos (e outras coisas)}, festas "raveS" para alimentar a família de pensão e economizar forças para o trabalho da manhã seguinte,  encontros ao ar livremente poluído ou em edificações luxuosas ou des’coladas de compressão humana semelhantes à câmaras de gás chorumicos para o’fuscar a mútua contemplação das almas [uma mistura vaporizada de etílicos, voláteis corrosivos,  mon'óxidos de car'bono (i)legais, saunas sanitárias naturais, putrefatos ou em carne-viva, falsos campeonatos ou desafios de virilidade ou coragem para manipular ou aleijar o(a) bom(a) da vez, e todo tipo de despropósito e deslealdade inerentes à herança maldita]. E atualmente a pseudo-cultura poser conjugada com o pioneirismo teen é capaz (inclusive juridicamente) de enganar até o(a)s escolho'do(a)s com prodígios pródigos ascendentes e descendentes do céu e da terra, pois, do contrário, há muito tais sabotagens contra o futuro (e talvez até contra novas encarnações pessoais) já teriam se tornado boatos quase inacreditáveis de tão irracionais que são se não fosse pelos traumas (físicos e espirituais) deixados...

Logicamente, para remediar tal situação, parece-nos oportuno, além de restringir tal prática aos Parques de Diversões supracitados (e idoneamente construídos, testados e aprovados), radicalizar a existência para padrões evolutivos e progressistas, colocando em prática no cotidiano os acertos de tais experiências, preferencialmente na seguinte ordem crescente: ser, moradia, quarteirão, comunidade, bairro, ente federativo, nação, continente, região e mundo. Ora, não parece nada paternalista, matriarcalista e/ou fraternalista que o(a)s "dono(a)s" do mundo continuem, em nome da liberdade e/ou da prudência, "impedindo" e/ou "propiciando" que as atuais e as novas gerações se auto-conheçam (atualmente, "auto-afirmação"), conheçam o(a)s semelhantes (atualmente, "bisbilhotagem") e à Realidade (quando muito) somente após se chocarem contra a Morte, a Miséria, a Degradação e a Doença (O Segredo Eterno).     







[I] Dentre as variadas formas de lazer, podemos destacar:


- fazer vigílias ou contar histórias, com ou sem acompanhamento musical, ao redor da fogueira ou sob a luz da lua, em terraços, espaços abertos ou em meio à natureza;
- desbravar montes, selvas, florestas, bosques, cavernas, dunas etc. comprovadamente seguros;
- mergulhar ou nadar em locais comprovadamente seguros (mar, piscina, cachoeira etc.);
- contemplar a natureza (a dança dos ventos e das nuvens etc.), e tomar sol da manhã ou do final da tarde;
- fazer piqueniques, ir à restaurantes ou casas de chá;
- passear pela cidade (pontos turísticos, locais desconhecidos ou novos);
- levar o doméstico para passear;
- ir às melhores e mais novas lojas dos produtos preferidos;
- assistir artes virtuais ou presenciais (youtube, tv, filmes, documentários, cinema, teatro, museu, shows, eventos esportivos, parque de diversões, circos etc.);
- conhecer novas filosofias, religiões etc., assistindo palestras, participando ou contribuindo com as atividades;
- navegar na Internet (redes sociais, fóruns, jornais, portais, lojas virtuais etc.);
- brincar com jogos virtuais, de tabuleiro, cartas ou simbólicos (mimica, forca, stop);
- brincar com pipas, miniaturas de controle remoto (avião, barcos, carros etc.) etc.;
- montar ou colecionar objetos (veículos em miniatura, figurinhas etc.);
- tocar, cantar ou ouvir música;
- criar artes (literatura, desenhos, esculturas, teatro, softwares, tecnologias em geral etc.);
- praticar esportes coletivos (futebol, basquete, pebolim, paintball, taco, tênis de mesa etc.);
- praticar artes corporais (chi-kungyoga, danças, meditação, alquimia sexual etc.);
- caminhar, passear de bicicleta, barco, asa delta etc.;
- visitar amigos e parentes, desde que previamente combinado;
- paquerar em parques, lanchonetes, clubes, áreas de lazer etc;
- namorar em casa ou local apropriado e preferido pelo casal;
harmonizar o próprio lar ou local de trabalho.


[II] Seja viagem à lazer ou trabalho, é recomendável providenciar com antecedência:


1. O estudo sobre as particularidades locais (riscos sócio-ambientais, costumes, pontos positivos e negativos da viagem), através de informações da embaixada ou consulado, guias turísticos e relatos de pessoas idôneas. Caso o destino da viagem seja muito longo, convém tanto na ida quanto na volta, conhecer por alguns dias pelo menos 1 ou 2 países ou regiões durante o trajeto, a fim de minimizar os efeitos estressantes do transporte e do fuso horário.

2. As determinações da embaixada ou consuladovacinação específicapassaporte e visto, documentação, quantia em dinheiro estrangeiro, seguro-viagem etc. 



3. O planejamento total da viagem pela Internet: passagem (em viagens de longa distância, para maior conforto, é recomendável primeira classe ou executiva; comprar assentos dos lados ou ver com a companhia os assentos isolados e, em último caso, comprar assento preferencial na primeira fila e no corredor da classe econômica; viajantes grávidas acima de 7 meses não podem viajar de avião sem aval ou acompanhamento médico), hotéis, passeios, alimentação, aplicativos fundamentais para dispositivo móvel (por exemplo, Primeiros Socorros Android, Tradutor de Viagensdo português para o idioma desejado e vice-versa para fins de segurança diplomática, Mapas ou GPS, guia turístico do país etc.) etc. Não é recomendável ir com excursões ou grupos de desconhecidos com programas e regras rígidas, pois, além de normalmente serem mais caras, a programação cultural, o ritmo e as diferenças interpessoais afetarão o divertimento, o descanso e até mesmo a saúde pessoal.

4. O pré-agendamento do pagamento das contas pessoais ou de dependentes, sendo recomendável colocar no débito automático o que for possível; a habilitação do cartão de crédito internacional, a compra de moeda estrangeira ou a contratação de serviços conexos.


5. A organização da bagagem: 


Roupa do corpo (larga, confortável e arejada; sapatilha) e pochete [dispositivo de comunicação móvel e acessórios com nota fiscal, sacola dobrável, óculos, gorro ou similares, protetor auricular e visual; fio dental, documentação (certificado de vacinação, passaporte, documentos pessoais, dinheiro nacional para a ida e retorno do aeroporto, dinheiro estrangeiro para a estadia e passagem)];


Mochila de mão [capa de chuvaremédios essenciais (água oxigenada, micropore, creme de calêndula e arnica; preservativos; raspador lingual, escova, gel dental; 1 rolo de papel higiênico, urinol portátil, talco, desodorante, pente, sabonete neutro e shampoo-condicionador 2 em 1); chapéu, luvas, um conjunto completo de roupa, incluindo calça, bermuda, trajes de banho, camisa, abrigo, meia, roupas íntimas, para o caso de extravio da mala];


Mala (canivete multifuncional, tênis, chinelo, um conjunto de roupas de lavagem fácil e sem necessidade de passar para cada 2 dias de viagem, conforme as características sócio-ambientais do local; creme e instrumento de barbear; instrumento de cortar e lixar unhas; algum alimento, talher, cumbuca ou objeto pessoal preferido). Levando poucas coisas, não há estresse com carregamento e declarações alfandegárias, além de guardar espaço na mala para trazer licitamente presentes e lembranças sem necessidade de pagar impostos.


[III] 172.217.7.169